sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cozinhando!

A culinária nordestina é uma das mais apreciadas no nosso Brasil, é marcada pelo uso de temperos fortes e pelos temperos do sertão e das áreas litorâneas. Se você curte, aqui você vai encontrar várias receitas de dar água na boca... 

Bolo de Rolo… uma tradição em Pernambuco

Ingredientes:
250 gramas de farinha de trigo
5 ovos
250 gramas de açúcar
250 gramas de manteiga

O recheio vai depender do seu gosto. Costuma-se utilizar na receita de bolo de rolo a goiabada e caso você deseje manter esse doce, basta usar meia lata de goiabada derretida em banho maria. Existem alguns doces que já são vendidos em compotas, mas são bem mais caros. 

Modo de preparo: 
Com todos os materiais para a receita de bolo de rolo em mãos, basta seguir o passo a passo abaixo para preparar seu bolo de rolo. 

Na batedeira misture o açúcar e a manteiga até alcançar uma consistência bem cremosa e amarelada. 

Na mistura anterior acrescente todas as gemas e vá misturando na batedeira uma a uma. É importante que não despeje todas de uma única vez. 

Em outro recipiente bata as claras em neve até alcançar o ponto de suspiro. 

Misture as claras batidas no primeiro recipiente e bata até formar uma consistência bem pastosa e ainda amarelada. 

Peneire todo o trigo e acrescente nesse creme aos poucos. Bata até misturar bem. 

Despeje uma camada bem fina da massa em uma assadeira retangular já untada com trigo e manteiga. 

A receita dá para fazer sete camadas em espessura bem fina. Ao assar todas, deixe esfriar e desenforme sobre um papel manteiga. Aplique o doce sobre a primeira camada e enrole com cuidado para não quebrar. À medida que uma camada for acabando, você já une com a segunda e repete o processo até completarem-se todas elas.

Hmmmm... Gostoso né?!

Adivinhações

As adivinhações, parlendas e os trava línguas são brincadeiras que compõe o nosso folclore brasileiro, elas representam uma importante tradição cultural do nosso povo. 
As adivinhações são brincadeiras inteligentes que atiçam o interesse e curiosidade das crianças, e também são bastante relacionadas ao nosso cordel. Quer conhecer algumas delas? Dá uma olhadinha nessas que deparamos pra vocês! 


Minha casa levo nas costas,
Atrás de mim deixo uma trilha,
Sou lento de movimentos,
E não gosto do jardineiro.
Caracol 

O que é o que é:
É verde e não é planta,
Fala e não é gente?
Papagaio

Com 10 patas vai de lado,
Constelação tem seu nome,
Não tem pescoço e é caçado
Porque é gostoso e se come.
O que é?
Caranguejo

Todo mundo leva,
Todo mundo tem,
Porque a todos lhes dão um
Quando ao mundo vem.
O nome 

Todos me pisam,
Mas eu não piso em ninguém;
Todos perguntam por mim,
E eu não pergunto por ninguém.
O caminho 

Vídeos

Que tal apresentar para as crianças alguma histórias muito divertidas com base no cordel? Aposto que elas vão adorar!
Esses vídeos servem para reflexão e até mesmo para alguma atividade dentro de sala de aula.

Lampião lá do sertão: 
Conta a história de Lampião, um cangaceiro muito bravo que se apaixonou por Maria Bonita, além de ser uma bela poesia, este conto relata fatos históricos acontecidos no sertão de Serra Talhada:
https://www.youtube.com/watch?v=ggvjDEpL0eQ&list=PLXI8wbyJtesgi_YEuOdP-ZH-fgKOHMHw

O Cordel mais nojento do mundo: 
Este cordel fala da higiene pessoal em forma de poesia, ótimo vídeo para trabalhar hábitos de higiene e bons modos:
https://www.youtube.com/watch?v=EAJX7muH0Ik&list=PLXI8wbyJtesgi_YEuOdP-ZH-fgKOHMHw&index=2

Marmelo o jacaré banguelo: 
Este cordel conta a história de Zezinho um rapaz que se apaixona por sua vizinha e bola um plano com Marmelo, seu amigo jacaré que era banguelo, de tanto comer doces. O plano é descoberto e moça se apaixona por Marmelo. Através desse cordel pode-se trabalhar higiene bucal: https://www.youtube.com/watch?v=QuMdVtvOKcA

As influências do cordel no Brasil



De tanto ouvir Roberto Carlos mandar tudo para o inferno, nos versos da canção que dominava as rádios no fim dos anos 1960, o poeta Enéias Tavares dos Santos decidiu que o "rei" havia feito por merecer uma resposta - e do tinhoso em pessoa. Escreveu então o folheto de cordel Carta de Satanás a Roberto Carlos, em que o diabo se dirigia queixoso ao cantor, diretamente da "corte das trevas".


Ao reunir realidade e ficção, sátira e bom humor, a conversa franca entre Satanás e seu "grande amigo Roberto" tornou-se um dos maiores sucessos da literatura popular em versos brasileira. Rendeu incontáveis reimpressões e inspirou dezenas de folhetos de outros cordelistas, como Resposta de Roberto Carlos a Satanás, de Manuel dAlmeida Filho, e A Mulher que Rasgou o Travesseiro e Mordeu o Marido Sonhando com Roberto Carlos, de Apolônio Alves dos Santos. 

Para os escritores desse gênero é possível ser o repórter dos acontecimentos, representante do povo, narrar as histórias de Lampião, de João Grilo, falar sobre histórias de amor. 

Muitos escritores foram influenciados pela literatura de cordel, e entre eles temos: Jorge Amado, João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa. 


Entre as principais características da literatura de cordel brasileira estão a imensa variedade de temas abordados e a produção intensa - Joseph Maria Luyten, holandês radicado no Brasil, foi um dos poucos pesquisadores que se arriscaram a fazer uma estimativa. Durante sua trajetória acadêmica, calculou que os cordelistas nacionais teriam publicado entre 30 e 40 mil livretos e chegou a falar em 100 mil títulos. O volume de folhetos foi suficiente para que, nos anos 1970, o brasilianista Raymond Cantel considerasse nosso cordel "o mais importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo". Autoridade internacional no tema, Cantel aterrissou no país nos anos 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das histórias e introduziu seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris.

Fontes:
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/
http://www.suapesquisa.com/cordel/
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml
http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
http://www.ablc.com.br/ocordel.html
http://acordacordel.blogspot.com.br/2011/04/carta-de-satanas-roberto-carlos.html

A origem do cordel

A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época usando versos, que eles próprios cantavam, frequentemente de forma cômica. "Por volta do século XVI, ela era praticada na península Ibérica por meio dos trovadores, que recitavam louvações e galanteios para agradar aos poderosos", diz Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Com o tempo, tais artistas começaram a registrar suas falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como "volantes", e prendê-las em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos. 

No século XVIII esse tipo de literatura já era comum, e os portugueses a chamavam de literatura de cego, pois em 1789, Dom João V criou uma lei em que era permitido à Irmandade dos homens cegos de Lisboa negociar esse tipo de publicação. No início, a literatura de cordel também tinha peças de teatro, como as que Gil Vicente escrevia. Esta literatura foi introduzida no Brasil pelos portugueses desde o início da colonização. 

Foi no século XVIII que a literatura de cordel chegou em nosso país. Durante o início da colonização os portugueses a trouxeram e aos poucos ela começou a se tornar popular. Há quem afirme que os folhetos foram introduzidos no Brasil pelo cantador Silvino Pirauá e em seguida pela dupla Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista. Inicialmente, quase todos os autores da literatura de cordel brasileira eram cantadores. Estes improvisavam os versos na hora que estavam cantando, viajavam pelas fazendas, vilarejos e pequenas cidades do sertão. 

Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como contadas por elas, e não como fixadas no papel. "Onde quer que existam populações que não sabem ler nem escrever, existirá poesia oral, conto oral, narrativa oral, porque as pessoas não acham que o analfabetismo pode impedilas de praticar a poesia e a narrativa. A literatura nasceu oral e foi assim durante milênios. Quando a Ilíada e a Odisseia foram transpostas pela primeira vez para o papel, já tinham séculos de idade", afirma o escritor Braulio Tavares. 

O verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome prevaleceu. A tradição chegou ao Nordeste do Brasil com os colonizadores portugueses e, ao longo dos séculos, adquiriu características próprias. A forma definitiva, com os livretos, tem pouco mais de 100 anos. Tudo graças a algumas prensas velhas de jornal. Um dos primeiros cordéis de sucesso foi A Guerra de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Antônio Conselheiro ao Exército brasileiro, foi retratado em versos por João Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas batalhas e se tornaria um grande nome da primeira geração de cordelistas brasileiros. 

Conforme o cordel se popularizou, as evoluções gráficas vieram pelas mãos dos artistas das gerações seguintes: as capas com textos meramente decorativos aos poucos foram substituídas por imagens de cartão-postal e de estrelas de Hollywood, mais atrativas. 

Até que, nos anos 1950, o folheto alcançasse a sua cara definitiva nos desenhos "rústicos" da xilogravura. 

Segundo o pesquisador americano Mark J. Curran, professor da Universidade do Estado do Arizona e autor de livros como Retrato do Brasil em Cordel, os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação. 

Atualmente, pesquisadores concordam que o gênero se fortalece pelas facilidades de impressão e distribuição dos exemplares, somadas ao poder de divulgação da internet.

Fontes:
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/
http://www.suapesquisa.com/cordel/
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml
http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
http://www.ablc.com.br/ocordel.html

Vamos saber mais sobre o cordel?

A poética do cordel:
Quadra – uma estrofe de quatro versos.
Sextilha – uma estrofe de seis versos.
Septilha – uma estrofe de sete versos, essa é a mais rara.
Oitava – uma estrofe de oito versos.
Quadrão – os três primeiros versos rimam entre si, o quarto com o oitavo e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
Décima – uma estrofe de dez versos.
Martelo – estrofes formadas por decassílabos (estes são muito comuns em desafios e versos heroicos).

Curiosidades:
Acontecido: folhetos de não-ficção em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de âmbito local, nacional ou internacional.
Folheteiro: intérprete, sujeito que canta os cordéis nas feiras e praças com o intuito de atrair público e estimular a venda.
Peleja: também conhecida por desafio, é o duelo poético oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.
Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, causos de amor e aventura.
Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.

Fontes:
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml

Sobre a literatura de cordel

A literatura de cordel, também conhecida como folheto, aqui no Brasil é um tipo de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos. Suas imagens são feitas através da xilogravura. Este é um gênero literário popular, que existe em outros países além do Brasil. O nome literatura de cordel tem origem na forma como esses folhetos são vendidos, eles normalmente são pendurados em barbantes, cordas ou cordéis. Por isso o nome Literatura de Cordel. Estes folhetos eram vendidos em bancas, nas feiras e nos mercados. 

Literatura de Cordel é uma modalidade impressa de poesia, que já foi muito estigmatizada, mas hoje em dia é bem aceita e respeitada, tendo, inclusive, uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel, mas ainda não foi dessa vez. 

A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. 

Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico, que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao mesmo tempo que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Uma outra característica é o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas “engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor, relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas, cidades, regiões, etc. 

Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a ideia proposta.

Fontes:
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/
http://www.suapesquisa.com/cordel/
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml
http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
http://www.ablc.com.br/ocordel.html